terça-feira, dezembro 27, 2005

O Chato

Virgílio Castelo é um assassino contratado para matar um mafioso antes da entrada deste em tribunal. Para tal, aluga um quarto com vista previligiada para o tribunal. A única coisa com que ele não contava era com o seu chato vizinho do lado. Assim começa esta nova peça do autor de Jantar de Idiotas.
A verdade é que a peça está bem montada, muito bem encenada e conta com um ainda melhor cenário. A verdade também é que a peça está longe de ser chata, muito pelo contrário, arranca bastantes risos e sorrisos, pelo meio uma gargalhada ou outra. A verdade é que, no geral, Virgílio Castelo e Jorge Mourato pegam muito bem no texto e personagem de cada um, apresentando-nos algo coerente e coeso.
Mas a verdade, a grande verdade, é que O Chato vive muito (demais...) de um inspirado e inspirador António Feio, pelo meio de uns muito fraquinhos Luís Esparteiro e Helena Isabel. A grande verdade é que esta é uma peça da qual não se guardará memória para além do tempo em que estiver em cena. Mas também não é isso que se pede. Pedem-se apenas uns sorrisos. E, sem querer ser chato, para isso tudo bem.
No teatro Villaret. De 3ª a Sábado às 21H30 e Domingo às 17H00.

Título: O Chato
Autor: Francis Veber
Encenação: António Feio
Elenco: António Feio, Virgílio Castelo, Jorge Mourato, Luis Esparteiro, Helena Isabel e Joaquim Guerreiro.

Nota: 4/10